terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Hoje me percebo tão diferente dos dias anteriores, parece que algo despertou e fez ressurgir um fio tênue de doçura e esperança.
Não tenho tanta necessidade de ter ao lado alguém para caminhar e partilhar sonhos, sinto em mim todas as partes antes dispersas e difusas.
Deixei de ser uma sombra, uma fantasma ou a cinza, agora sou mais substancioso e coeso.
Sempre tentei olhar o mundo e as pessoas a minha volta através do véu da sensibilidade e não foram poucas as vezes nas quais o devaneio se fez tão presente que não foi possível perceber alguns momentos desoladores.
Defendo que o olhar deve fazer parte dos dias soturnos, assim como as pequenas bobagens através das quais é possível alcançar o riso leve e solto.
Não sou diferente dos outros, seria tolice acreditar que eu seja algum tipo de deus, profeta ou louco, mas hoje passei a confiar em dias mais enluarados e sonâmbulos como uma alternativa à nossa racionalidade.

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