segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Iemanjá

Não faz muito tempo que entreguei a você meu coração como oferenda.
Implorei enlouquecido que levasses para longe a fonte de tanto dissabor!
Às margens do grande mar numa pequena barcaça, ornada de azuis, coloquei o pulsante coração e o vi sendo levado para longe e para as profundezas... Os amores, sabores, tristezas e inconstâncias.
Hoje novamente na mesma margem, que também beira o Sonhar, peço a Iemanjá que retorne de seu palácio de conchas carregando em suas mãos o fruto vermelho de minha essência há muito perdido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário