Não faz muito tempo que entreguei a você meu coração como oferenda.
Implorei enlouquecido que levasses para longe a fonte de tanto dissabor!
Às margens do grande mar numa pequena barcaça, ornada de azuis, coloquei o pulsante coração e o vi sendo levado para longe e para as profundezas... Os amores, sabores, tristezas e inconstâncias.
Hoje novamente na mesma margem, que também beira o Sonhar, peço a Iemanjá que retorne de seu palácio de conchas carregando em suas mãos o fruto vermelho de minha essência há muito perdido.
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